sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Distância
A distância entre mim e eu, não tem nada a ver com tempo...não tem nada a ver com a memória, nem com o fuso horário das vivências, desencontradas pelos caminhos inconscientes do nós e perdidos no horizonte
de algodão e vento.
A distância entre mim e eu se confundi com o nascente e o poente de um pensamento sem escolha. Com impulso e ação, inação de não se permitir pleno pela fragilidade de errar. Medo de sustentar-se caminho, na
mobilidade fluida de não se encerrar.Revisitando-se relicário
interminável de solidez, lugar imóvel, resquício de vida...lógica de ser contorno, olhar de não ser possibilidade.
Na loucura da incoerência, o que nos sustenta no ar rarefeito de afeto e
cumplicidade? O que nos trará a superfície da vontade e do desejo?
Viveremos o essencial como quem toca a eternidade?
O espaço do agora se confunde com o ontem e este é superado sem ao menos
lembrarmos de quem um dia fomos. Fomos um ou fomos a distância
interminável entre o nosso infinito eu?
Das respostas, a teia interminável do cotidiano tece suas questões... se ver, precisamos olhar, se olhar precisamos sentir, se sentir precisamos
viver...Das respostas, a teia interminável do cotidiano permanece tecendo suas questões.
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