segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Eterno

O que dizer do amor
se não o vivenciarmos
com todos os sentido
O que dizer do amor
se não mergulharmos na mais louca
e insegura das relações
Onde o movimento é a garantia
E o caminho desenhado
com os firmes traços
de nossos passos.

Que o cotidiano sempre traga
a beleza eternizada de nosso encontro
E a alegria de nos acharmos
nessa correria diaria.

Que nossas vozes,
mesmo que silenciosas,
sempre despertem a atenção
de nossos corações.
E que as todas as cenas,
mesmo as mais simples,
sejam renovadas pelo nosso olhar.

E certos da pulsação
de nossa existência.
Continuemos seguindo
numa mesma direção.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Tempo

A reminiscência dos sentimentos
de nossos mais preciosos vales aconchegantes
nos aprisionam na materialidade intangível do agora
A inércia quebrada ao barulho de qualquer toque
nos faz apreciar a beleza única do silêncio.

A invasão nem sempre é consentida
e o caminho ao ritmo de nossos próprios passos
é uma busca por entre atalhos de correria.

Mas que pelas frestas de nos mesmos
o cansaço inerente hora da escolha
chegue num consenso com o tempo impalpável.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

O sol que gira

Não tenha medo de se perder
Na subjetivide plural de um cotidiano simples.
Toque o silencio do chão de sua casa.
E respire a pespectiva pelo caminho de seus passos.

Não fique a margem de sua vida,
em busca do som além do horizonte.
Siga pela incerteza despida de vaidade
e não se prenda rumo ao abstrato.

Pois escolhas nunca serão grandezas,
a não ser pela solidez de nossas vivências.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Borboletas


"Não olhe para trás
Nossas mãos estarão sempre vazias.
Preenchemo-nos somente com o que podemos tocar,
na fluidez da troca inexplicável
e na intimidade de nossos jardins secretos.
Entre todas as origens,
prefira alegrar-se com as borboletas que bailam no caminho.
Suas roupas somente serão belas em ti.
Enxerga a imaterialidade da incerteza.
E certifica que não deverá temer pela dúvida.
Nem adoecer-se pela certeza do fim
Eterniza em águas rasas na vivência cotidiana.
E mergulhe na pulsação do essencial,
sem medo."

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Horizonte

De tudo,
resta a nudez da alma ainda inocente,
cansada de suas vestes pesadas
e sem impôrtancia para o que é essencial.

O que realmente importa
na construção de tudo que há?
Estórias sem cheiro em frascos de memoria,
fragmentos de imagens sem rosto
colecionados com o preciosismo dos que esperam?

Somos passado,presente e futuro na materialidade do real.

Não nos deviemos de nossas escolhas,
elas sempre se afinarão
paras as mesmas melodias.
Remanescente da atemporalidade que somos.

E que a dor da compaixão
não permita que fiquemos cegos
a ponto de não mais senti-la.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

A subversão do ser

A organização social estabelecida,esta muito aquém de olhar atentamente as necessidades básicas inerentes a qualquer ser humano."A gente não quer só comida, a gente quer comida diversão e arte", como já diziam os dinossauros do rock.Mas infelizmente a situação é muito mais complexa e estrutural,e somente a aquisição de algo que nos divirta, certamente não será o bastante.
Penso que somente quando estivermos preparados para escaparmos da "matrix cotidiana",geradora das diretrizes de nossas ações,pensamentos e conduta,responsável por uma consciência coletiva ditadora do admirável e do despresível,poderemos atuar sem medo,enquanto ser pensante,baseando-se em nossas vivências, em nossos olhares e nas riquezas de nosso universo publico e particular.
Infelizmente a sociedade configurada e os objetivos sociais prioritarios desprivilegiam o homem em sua plenitude e não nos impulsiona para uma existência coerente e livre.Alimentando dessa forma os conflitos internos e com o outro.O desprezo a uma visão mais humanista e a falta de adoção práticas,sem uma reforma que interfira diretamente nas carências humanas,sejam ela de ordem material,afetiva ou espiritual, encarando o homem como prioridade central da sociedade e não como ferramenta da mesma, certamente e o cerne do desequilibrio.
"Assim caminha a humanidade com passos de formiga e sem vontade,se estruturando em fraquezas,erguendo-se em medos e comercializando afeto.A sociedade se nutre das das deficiências humanas,temos pouco tempo para o trabalho merecedor desse nome e para as funções humanas primárias,vivemos enquanto consumidores/expectadores da vida.Enquanto não atuarmos enquanto agentes de nossa própria história,do nosso corpo,da nossa mente de nossas relações e de nosso trabalho numa escala de prioridade mais humana e menos econômica,teremos recursos para nos livrarmos do estabelecido,onde eu sou o que eu compro, e bem lá no fundo,todos nos sabemos que o que realmente necessitamos nossa fabrica ainda não vende.