segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Ouvir os fluxos do agora, 

ler o silêncio de alguém, 

ser tocado pela história que não é sua

 mas que no fundo também é.

Somos coletivo brincando de ser individual.

Somos um, brincando de ser dois.

Somos paredes impenetráveis pela

vontade de controlar o que nunca esteve em nossas mãos.

Para que?

Para que a busca desenfreada pela vontade de consumir um mundo que já habita em nós?

Que os atravessamentos de sempre não nos angustiem, 
mas que permitam entender nosso lugar.
Lugar de passagem,lugar de chegada e de saida,
lugar de porosidades e pele viva, 
lugar de meio, de entradas e travessias,
 na inquietude em nunca chegar.

Mas chegamos sempre, 
chegamos no entre nós,
 na construção das estrela cadentes de universos e galaxias 
que nascem todos os dias.

Desconhecemos a grandeza do instante e almejamos a imensidão do que esta por vir
Nada virá
 e tudo sempre estará a medida que estendamos nossa mão pra tocar além de si na infinitude de dentro e de fora.
A respiração do mundo é a nossa respiração,
 ritmo que acelera e acalma a medida que caminhemos com passos firmes e a cabeca nas nuvens, 
medida que cantamos juntos na beleza da existência reinventada de ar.