terça-feira, 12 de dezembro de 2017

O amor é a potência da vida.
Sua força rompe muros e irrompe medos.
Cura doenças,regenera o que nunca se foi.
Constroí galaxias,preenche o infinito.
Cria vidas,ultrapassa o fim.

O amor é verdade.
O amor é força expansiva,
Por ora aprisionado em palavras,
movimentos,imagens e tempo. 
O amor flui pelos sentidos.
Mas o amor vai além.
Ele não tem origem nem fim.
E principalmente não tem classificação.
O amor é subversivo em sua natureza selvagem.
Nunca será domesticado,limitado,censurado ou quiça escondido.

Dádiva, nunca maldição.
Amor é amor e pronto.
Sua condição é a não condição.
Amor é pré verbo.
Amor é o eu e o você.
O nós sem distinção.
O irmão criado na escolha,
a memoria que vivifica, 
a espera do encontro, 
o silencio do que sente, 
a alma do que vive, 
o milagre do que vê.
Amor é tudo que precisamos.
Sempre.

sábado, 11 de novembro de 2017

Na verdade a inquietude se tornara o norte de sua condição Já não o lembra quando se respirava tranquilo na certeza de uma plenitude que atravessará horizontes e erguia pontes de conexão com o infinito.Era plena com seu cotidiano de milagres.Era plena com suas pequenas conquistas.Era plena nas galaxias que inventava e transpusera na tentativa impulsiva de tocar as estrelas.Era ar e agua na medida desmedida do calor que evapora em cores e sons na atmosfera simbólica meio.Era vida na tentativa equivocada e insistente de vibrar corpos.Era voz que busca o som do silêncio. Mas era acima de tudo inquietação.

domingo, 1 de outubro de 2017

No caminho para o horizonte largo do sentir,o encantamento suspira cansado.Os olhos desaprendem dia a dia a ver através das águas que turvam frente ao peso do real.O corpo embrutece no recuo do toque para alem da pele e pulsa vida em seu sub-estado de existência.
Desaprendemos a viver?Ou nunca ousamos inventar instantes?
As micropartículas fragmentadas do tempo seguem linear em sua trajetória estreita do céu de Galileu.Mal sabem elas que são galaxias adormecidas na não criação.Fluxos de vida estagnados no leito do não.Confluências de sons na melodia do silencio.Corpos poéticos na moldura da imobilidade
Não ocupamos as potências das horas, nem tocamos as infinitas camadas do tempo.Em sua textura de vida, esse se ergue cotidianamente em sua aquarela de possibilidades inatingíveis.
Seguimos copistas no modo life e distópicos na criação de uma estética de vida.Estruturamos rigidamente padrões incapazes de atender a representação do que poderíamos ter sido.E nos alegramos com que achamos que os outros pensam que somos.E somos vertigem de uma projeção equivocada.
Na miséria possível ,corremos atras das bugigangas que nos desviam da conexão, eixo de si perdido em barulhos sem som, encontro do nós ofuscado pela aridez do caminho.Seguimos sozinhos.
Até quando?

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Pq sabemos que na verdade, a entrega nunca será uma escolha, mas um abismo para a possibilidade de respirar outra vez.Outra vez enxergar o horizonte farto de ilusões reais, a inquietação palpável das utopias, a construção leve do caminhar em direção a si, a comunhão de não se sentir nunca mais só, a vida em estado bruto tocando nossos corações.Coração feito de carne, coração feito de alma, coração feito de poesia.
Pq sabemos que na verdade, a entrega nunca será uma escolha, mas um abismo para a possibilidade de respirar outra vez.Outra vez enxergar o horizonte farto de ilusões reais, a inquietação palpável das utopias, a construção leve do caminhar em direção a si, a comunhão de não se sentir nunca mais só, a vida em estado bruto tocando nossos corações.Coração feito de carne, coração feito de alma, coração feito de poesia.

sábado, 19 de agosto de 2017

Caleidoscopio


Ao longe olho a dança silenciosa das cores do estar.São sutis na sua aquarela de sensações. São caleidoscópios desconhecidos de si.Ávidos por ar.Atmosfera de novamente submergir nos labirintos do eu e respirar no ritmo do coração.Acalmando vida que transborda, na euforia de ser alem do instante de ocupar outros cantos e escrever canções num coral de sons indescritíveis. Enxergar a textura da palavra e sentir a vibração do silêncio, que grita mais uma vez sem saber ao certo onde se quer chegar. Não, não quero seguir as estrelas que me conduzem a escuridão do não ser.Não sendo rio que transpõem estradas e construções eternizadas na concretude de tudo que convém .Não, não ouso mais escutar os enlaces de vento que sopram pro lugar da paralisia. Quero submergir no caminho do eu, que como uma ciranda de fitas, ecoam na identidade plural do instante sagrado. De saber presente de todas as origens,sem fim no horizonte de lua farta. E coletivo e só. E outro e só. E muitos e só. Somente plural na singularidade atravessada de sons, imagens,histórias,galaxias,milagres e afeto. Quero a expressão de ousar falar o que precede ao fonema de certezas e construções de ontem.Quero a coragem do amor piegas. Quero o milagre da comunicação precisa.Quero a beleza cotidiana do encontro.Quero re-existir na expansão do infinito.Quero o onde que eu se renda a mim numa coletânea desconhecida de nós.Na fluidez de tocar cada segundo com a verdade que preenche luz.Luz nossa de todos os dias.
Pq aqui nada é superfície. Aqui ha vales e ondulações que levam ao tempo do sentir. Aqui há caminhos em construção nas trilhas de nuvens da memória. Silêncio na escuta do pulsar palavras que adormecem no leito do medo. Afeto que precede ao finito. Corpo para além das orientações de dia e noite. Não há rotações,nem medidas. Não ha espaço nomeado no controle vão de saber. Pq não se sabe.Não se sabe medida exata do tempo no horizonte do sentimento. Pelas águas escorre a vida na imensidão de ousar ser potência que ocupa ruas, transborda rios e preenche lugares reinventados no momento de não ser.Ainda não se é na continuidade da margem do eu.Mas sempre se foi no instante do nós.

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Pq é preciso rasgar o coração, uma duas,três...infinitas vezes.É preciso tocar o cháo do infinito, alongando o corpo que sente frio, calor e toca o céu na tentativa de voltar ao centro de si.Pq somos meio, na eterna tensão de reinventar-se contato que escorre com tudo que consome.Vida que flui no tempo, que anda por lugares escuros e dias ensolarados.Tempo que percorre a trilha do espaço dos sentidos, no sentir outro e o mesmo na travessia silenciosa de dizer: fim.Alem daqui, outros espaços nascem, outras estrelas surgem, o céu desenha uma canção e a vida pulsa.

sábado, 1 de julho de 2017

Pq nascer doi.Doi abandonar a casca acolhedora de pele dos dias de sempre. Doi olhar o hoje de onde nunca se viu.Doi a expansao agressiva de se encontrar em outro lugar sem ter dado um passo em direção ao horizonte.Nascer doi.Doi encontrar a expansão de si pelos caminhos desconhecidos do nós. Doi se achar nú na fragilidade de se olhar um pequeno grande outro.Doi se achar,se perder e não ter para onde voltar.O passado se apequenou e o presente não amanheceu. Doi nascer na precisão de ser alem de si. Doi viver, mas cura.

segunda-feira, 26 de junho de 2017

O mistério do outro é desdobrar cotidiano na liberdade de expandir.Na permissão de ser além de si,que será pra sempre par.Par feito de outras matérias,outras historias e aventuras.Par que afeta de outras formas e surpreende a cada segundo que morre em si e renova-se no exércício de respirar outro. É na permissão de viver a indeterminação, atravessando a rua de sua existência, que se entrega ao infinito do para sempre. No constante catalogar de novas dores e construções de novos mundos, sendo o mesmo no jogo do tempo.Do seu eixo a cumplicidade de crescer e transpor o medo da perda. Perde-se todos os dias.Perde-se na insegurança do reencontro cotidiano,perde-se no espaço que cede para que o outro viaje por galaxias distantes, mundos subterrâneos e espaços lúdicos. Perde-se ao se achar e se reencontrar no trilho da incerteza.Seremos outros na expansão de nós e os mesmos nos reencontros de outros espaços de essências afins. Caminhos de conexão com a vida, premissa de equilíbrio com o mundo.Alegria e dor na relação  de ser poeta de uma nova vida, eternizada no instante do sim.E serão infinitos "sins".É no pulsar do caos que mais uma vez se diz:eu te amo.

sábado, 24 de junho de 2017

Eu precisava transbordar. Mas sem saber,meu amor era verbo intransitivo.Condição pra vida,sem espera de chegada. Premissa de existência nas brechas do viver.Vida q enquadra sonhos e cataloga vontades. Vida q posterga vida para um futuro do perfeito.Precisão de época que não virá.Escorre pelos dedos a perfeição de ontem, onde nada sobrevive a segunda vista.Somos outro olhar na esteira da existência. Mas seríamos outra existência no exercício do olhar?Olho pro horizonte e não espero mais respostas, prefiro o instante,onde crio com verdade o mundo.

segunda-feira, 12 de junho de 2017

O jogo sempre existiu.O que não existia era o jogador.Esse se deixava um pouco a cada hora. Na tentativa vã de não ser.Mas já tivera sido na mais legitima forma de existir.E se via como um passado momentâneo de  incoerência.Na busca conclusiva de se achar,mata se.Mata passado que fica na forma indestrutível de memória. Fica no gesto que compartilha o indizível.Fica no som do tempo do sim. Fica a história que não se foi.Fica o gosto seco do medo.Fica o desespero de ser alem de si.Ja não o era . E no salto racional, recriar se com uma palma.Palma seca,árida.Palma sem passado ,sem futuro.Palma sem presente do instante. Palma sem paixao.Palma interruptiva de si. Palma que estala fina aos ouvidos mais sensíveis. Palma que agride aos que nunca abandonarão ao jogo da vida.

domingo, 4 de junho de 2017

A dor maior é abandonar esse momento de vida em estado bruto. Deixar fluir esse agora de euforia exposta, mesmo que o caos cotidiano continue a nos desafiar. Lá fora as coisas continuam como sempre...mas aqui, o mundo vibra potência de reinvenção, criação no espaço,expandindo alma que não se cala, voz que sintonizada na profusão do nós, movimenta águas profundas do sentir vivo. Transpondo lugares e atingindo o que ainda esta por vir . Pois não tenho duvida,virá. No tempo preciso de momento, que aceita a realidade como construção de sonho,cor e ar que se envereda pelos caminhos do infinito. Que encara o acordar de alegria no chão do encontro como milagre de fé. Que se expande sem culpa na descoberta de ser sempre outro e sempre o mesmo no jogo do tempo. E se encanta e se experimenta e compartilha na estrada que artesanalmente construímos ao som da música de nossas vidas. Inteiro na plenitude da falta que move,mãos a tocarem o céu na aridez da verdade. Vida de viver. Vida de feijão, arroz e poesia.

domingo, 28 de maio de 2017

Encontro


O encontro é no tempo do infinito.

Na certeza dos pés fincados no chão livre do ser.
Alegria.Potência poética de ser vida,
que rabisca céu de cores do nós,
despido de tudo que pesa. 

Na construção de ser inteiro.
Na certeza de ser busca.
Na leveza de ser pleno. 
E é muito.
É sol que aquece os rostos nas expressões de comunhão.
 É som que acalma a alma na inquietude das questões. 
É o ar que expande o peito na vontade de se libertar.
É felicidade ao acordar.
 É vida que quero pra mim.

 Seguimos,
Respirando o ar compartilhado de um horizonte que se expande a medida que nossos medos se apequenam frente ao nosso caminhar.
E nosso caminhar não é sozinho,não. 

Olha pra mim,me da sua mão. 
Estende o corpo na medida que olhemos pro mundo e ocupamos nosso espaço.
 Espaço de eu feito de nós, mesclados a utopia de gerar afetos. 
Espaço de fluidez que atravessa a alma e reinventa na ciranda de roda.
 Dança junto a canção da vida.
 Adormece nos bracos que reconhece seus.
 E sonha acordado.

domingo, 14 de maio de 2017

O professor burocrata tem o corpo cansado e a voz rouca.O professor burocrata se emociona com Freire, mas grita por silencio.O professor burocrata sonha em transformar o mundo, mas por hj,deseja o fim da aula.O professor burocrata tem a carga horária de um operário.O professor burocrata se sensibiliza com a historia de cada aluno, mas não tem a change de conhece-la.O professor burocrata bate ponto todo dia e o relógio guia seu ritmo.O professor burocrata não precisa se reinventar.O professor burocrata tem o coração cheio de sonhos mas a alma embrutecida.O professor burocrata ainda quer dar aulas com qualidade.O professor burocrata trabalha 8 horas por dia 5 dias por semana.O professor burocrata sonha em um dia realizar o planejamento.O professor burocrata aprendeu duramente a não fazer além.O professor burocrata sonha com uma sala de 15 alunos.O professor burocrata se culpa por erros que sabe que não são dele. O professor burocrata não vai ao cinema,biblioteca,museu ou teatro durante a semana.O professor burocrata se acha um idiota quando se vira e dá um jeitinho.O professor burocrata aprende a falar mal do sistema.O professor burocrata apanha sem saber de onde vem o tapa.O professor burocrata é idealista.O professor burocrata ainda se emociona com seus alunos. O professor burocrata aprende a se proteger .O professor burocrata se esforça para mover montes mas só consegue o balançar de poucas penas. O professor burocrata não precisa dar uma aula com eficiência.O professor burocrata tem saúde frágil.O professor burocrata trabalha simultaneamente com aproximadamente 40 alunos.O professor burocrata não tem permissão pra estudar.O professor burocrata ignora seus rins.O professor burocrata chora sem utopia.O professor burocrata acredita na escola viva, mas luta,todos os dias, em uma escola morta.
Não,não quero falar de escolhas.Não.Essas são na maioria das vezes guiada pela razão. Essas são pautadas pelo medo da dor.Essas são guiadas pela aprovação do senso comum por mais que vc venda a imagem que caga pra td isso .Essa esta inserida num contexto plural de barulho e impessoalidade. Na verdade, escolhas tem na maioria das vezes o espaço necessário para serem construídas por forcas de diversos vetores,mas não necessariamente o da vontade.A vontade não, essa vem antes,a vontade é pré escolha,a vontade é pré razão, ela habita o lugar que antecede a difícil tarefa de matar algo para que nasça outra coisa,na árdua tarefa precisa de escolher.A vontade é descontrole,é a vida selvagem no corpo dócil,é o coro da polis do nosso eu,é o sensível pulsante da presenca, é o inesperado,é o mistério de ainda surprender se diante da existência,é o encontro, é o eu que se curva diante do nós, é a vida em seu estado bruto.Somos educados a não escutar nossas vozes,a não enxergar alem do campo de visão permitido e a não tocar no espaço vazio da criação. Nossas vidas se limitam a uma gama de escolhas pré fabricadas que não dão conta do fluxo de nossas vontades. Sobrevivemos em construções alicerciadas no imaginário de um tempo intolerante e rígido,indiferente a fragilidade e expansão humana. O sobreviver compromete o respirar,e as resistências pelo caminho da verdade se fortalecem.Seguimos afetando e sendo afetado pelo mundo que não tem espaço para a vida.

sábado, 29 de abril de 2017

(Foto: Jovem abraça policial na manifestação de ontem, 28 de abril, na ALERJ)

ACORDA BRASIL!!!!!
É!!!!
Pois é,o que nos une é maior do que o que nos separa, sim .Mas pra isso é preciso um pouco de pensamento crítico e principalmente amor ao próximo.Sem ser piegas.Isso é o básico.Que estamos em tempos sombrios numa ditadura estruturada na nebulosa manipulação midiática,mais tosca que papai noel de shopping,não da pra negar,mas curiosamente mantém em rédeas curtas e visão obtusa trabalhadores que serão destruídos com essa nova politica sem ética e compromisso como vc,cidadão de bem! Com vc que cumpre suas obrigações. Alias esse é o principal problema.Fomos adestrados a obedecer,mas o que precisamos nesse momento para nossa sobrevivência é lutar.Lutar não significa ir para a praça de guerra que se tornou a Cinelândia. LUTAR É SE POSICIONAR NO DIA A DIA.Se vc estiver disposto a ir pras ruas,excelente, esse seria o melhor dos mundos Mas se não, meu caro,se esforce um pouco pra exercitar seu pensamento crítico e não ficar reproduzindo asneiras manipuladoras de uma mídia que não tem nenhum,eu falei NENHUM COMPROMISSO COM VC. Entenda noções básicas de localização. Onde estou,pra onde vou.E entenda principalmente que sua inação já é uma ação para o jogo político. Não tem essa de faço o meu e que se dane o mundo. Vc esta inserido nesse mundo, cara pálida.E vai ser afetado por ele sim!!!A escolha do PM em ser agressivo,covarde e injusto vai alem do "estou cumprindo meu dever".Ele também é vitima,mas nesses momentos prefere guardar sua condição e dizer,estou limpando a cidade dos vagabundos. Infelizmente na visão dessa corja golpista,é necessário nos desqualificarem como vagabundos,vagabundas e vagabundinhos.O idoso da manifestação, que contribuiu a vida inteira com trabalho é vagabundo,a criança que esta tendo seu futuro roubado é vagabunda, o professor que cuida e forma seu filho é vagabundo,os estudantes conscientes são vagabundos.E certamente em algum momento que vc nao mais servir a manutençao dessa ordem abominável. Não tenha duvida,vc também sera classificado como VAGABUNDO. Alias que falta de criatividade. Somos tudo, menos cidadãos.Nossos poucos direitos são subtraídos todos os dias e continuamos calados, a margem da nossa própria vida furtada.Mas os temporários homens de bem, seguem dizendo:-vagabundos! E isso inclui o policial,isso inclui o jornalista, isso inclui o gari que reclama da sujeira da cidade pós manifestação,isso inclui a sua vizinha que não conseguiu ir a uma consulta medica ontem, isso inclui trabalhadores oprimidos como vc. De uma vez por todas,é preciso entender q pra sobreviver é necessário fazer alem de cumprir seu papel, bem vindo a realidade golpista,bem vindo a economia neoliberal, bem vindo aos tempos sombrios.E ai quando vcs decidirão se tornar Vagabundos?Espero que não seja tarde.

terça-feira, 18 de abril de 2017

E durante um diálogo com minha filha sobre a páscoa, algumas questões vieram a tona e é inevitável repensar sua representação nos dias atuais...Primeiro me vem a questão do sacrifício, a questão da consciência de sacrificar-se por algo ou alguém...isso me soa totalmente anti pós-moderno, não há tempo para aprofundar relações qt mais sacrificar-se por alguém...mas ate onde o não sacrificar nos coloca num território do sacrifício da superfície, onde não mergulhamos em algo vivo e continuamos na imagem destocida de nós,presos no limbo do não viver?
O sacrifício aqui não seria o de ferir-se ou permitir alguma agressão, mas o de deixar o outro te afetar a ponto de doar e receber, a ponto de trocar,e se perder e se achar, de conviver verdadeiramente.Mas a ideologia neoliberal nos coloca na condição de indivíduos competitivos e solitários, o sacrifício diário é sobreviver diante da ameaça do outro ,que nos assombra diante da possível tomada de um lugar que sequer um dia foi nosso, que nos machuca ao olhar mais para o que nos distancia do que para o que nos une, que não se permite fragilizar, que se fortalece pelo olhar do outro para algo que nem mesmo ousou experimentar mas que mostra insistentemente em narrativas vazias de si.
Infelizmente estamos muito distantes do amor a humanidade, pois estamos distante da humanidade, da humanidade que ousa tocar o sensível e não se embrutece diante do sobreviver solitário.O sobreviver jamais poderia ser solitário, ó sobreviver é conjunto, o sobreviver é coletivo.Vivemos numa era do sobreviver solitário, pessoas morrem ao nosso lado e comemoramos sem nos afetar com a dor alheia,alias, a dor alheia não nos sensibiliza em nada, so nos liga um alerta, para nos proteger da situação que aflige o outro.
Ate qd essa estrutura cristalizada será o natural diante das coisas mais simples e comuns, até quando o outro será a ameaça , até qd as estruturas seguirão inquestionáveis no cotidiano de desafeto e solidão?Até quando a cegueira social seguirá incólume a dor de uma humanidade que se anestesia da verdade e da vida?
Por que o amor a humanidade é um exercício do pensar e do fazer,a prática do amor é uma construção coletiva, cotidiana e histórica.O sentir é uma urgência para o infinito do ser.Pelas brechas do hoje, como viveremos o amor de Cristo verdadeiramente em nossas vidas?
Feliz Pascoa

sábado, 8 de abril de 2017


O estado do não vivido, alimenta o infinito segundo preso nas memorias estendidas de sempre. O tempo da percepção esmiuçado em desdobramentos da eternidade a margem de nós mesmos.Somos outros no cotidiano que se encerra na crueldade embrutecida de se ocupar do real.Mas o que é o real senão a construção cotidiana de ar, rarefeito de musica e vida? O real se estica na tentativa de alcançar o estado bruto do sentir.E sente, sente a dura realidade de ser o que se pode.A utopia invade o momento e ao tocar o chão de intuir o horizonte largo de viver, entende a realidade esfuziante de ser encontro.Somos encontro e a sua continuidade nos caminhos distantes do reviver. sonho que não envelhece.

sábado, 25 de fevereiro de 2017

O eu que habita em mim


Que os monstros dos mares do agora, não turve nossa visão e a cegueira do momento, não limite nosso olhar para dentro de tudo. De tudo que mereça nosso movimento nos encaixes de se saber encontro sempre.Encontro nos momentos de escuta, encontro nos momentos de fala.Encontro de se reconhecer eixo de pés fincados nas areias de seu espaço.Onde latitude e longitude se reinventam para abençoar o nascer da estrela.Estrela feita de vida, construída no suor dos corpos que buscam a liberdade, que respira sonho e vive na fé do que não se pode saber.Saber não é nada frente a expansão do sentir .Sentir outro, sentir ontem, sentir presente na grandiosidade frágil da imaginação.Sou o que imagino e imagino galáxias no infinito da musica que não para de preencher o meio.Meio feito de nós, meio feito de historias e falas que me conduzem ao lugar do intuir vida .Vida que pulsa nas esquinas que não posso ignorar.Não há potencia na utilidade sem verdade.Não há horizonte no caminho que se apequena no medo de não ser.Seja, seja e se reinvente no trilho do eu dentro de si.Nas entrelinhas das engrenagens enferrujadas, descrentes de se poder transmutar a vida em seu estado poético, o espaço se confunde com o tempo do respirar útil.Estagnada num espiral de expansão com o mundo mas sem sintonia com a respiração de seu ritmo.Ritmo de saias rodadas e sorrisos largos, ritmo de silêncios no compasso da escuta do mundo e das imagens do nós.Dentro de si cabe o mundo, com seus conflitos , dores, alegrias, vozes,cores...Mas e no mundo,cabe a si?Transborda o eu na entrega da vida farta.Vida feita de água, na condição sutil de ser fluida, nas correntezas do sentimento expandido pala alem de si e dentro de tudo. Impregna de sentido o nascer de outro lugar.Lugar de dialogo com o tempo, que se reinventa na estrutura do que nunca se foi, mas sempre se é, e será para sempre.

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Girassol

Me da sua mão,o horizonte é aqui,na exatidão do momento do sim onde nada é pesar.Me da sua mão, respiramos no interstício do silêncio e  ocupamos os segundos com as expansões de nosso ser, soltos nas memórias futuras do que se é. As urgências se apequenam e nada é catalogado na avidez do controle vão. Não seria o impulso o caos primário na criação do céu de estrelas cadentes? Da terra, o caminhar juntos no ritmo sagrado de nossa pulsão, pela fluidez de ser inteiramente sonho feito de sol.

domingo, 15 de janeiro de 2017




Até que ponto, a potência da verdade  encontrará caminhos por entre palavras para tocar com sentido o universo do outro? Até que ponto, a busca pela verdade fugidia, que amanhece outra e outra e outra, alcançará as notas compartilhadas de nossa música?Da consciência de entender se inteiro no exercício do mediar ,medidas vãs são as palavras no seu leito de existir vida.De que vale suas certezas se essas se esgotam em ti, na tentativa inutil de atravessar a correnteza do outro em esforco de submergir eu e respirar nós.Escaparemos a hermenêutica promessa de construir diálogos que contam segredos?Sobreviveremos as armadilhas das arquitetônicas estruturas das resposta?Serão as perguntas forca motriz na tarefa de engendrar verdades submersas no tempo da inutilidade sagrada?Falaremos a mesma lingua pelo ritmo dos artesãos da linguagem?Das ações, a cotidiana tarefa de dialogar com o ar,rarefeito de encontros pelos caminhos dos fonemas.Sensível tarefa de tocar o invisível na busca por tudo que preenche alma.Ali,bem na escuta do silencio, nós olhamos com verdade.

Mas o que seria o trabalho na efervescência de uma existência condicionada ao tempo da produção? Não seria trabalho,desvinculado do produzir útil,  a vida em seu estado de cuidar? Uma mãe trabalha ao cuidar de um filho,um artista trabalha em sua criação,uma relação só sobrevive com MT trabalho e uma conta no florista.Tudo é trabalho e nada é trabalhoso no tempo orgânico de ocupação da nossa verdade.