sábado, 17 de dezembro de 2016

Nos caminhos do silêncio,na inalcançável linguagem do momento, pelas brechas do não dito,ocupo o horizonte largo do sentir.
Sentir-se  outro na perspectiva de ser continuidades e rupturas num caleidoscópio adormecido de entrega. Sendo outra vez frágil ,diante da grandeza de pulsar vida.Nas voltas de um eu emaranhado por fios sensíveis das estruturas do conviver inteiro,submerso num nós distante do real ,posso ver o percurso desenhar suas historias convidando- nos a sermos narradores de nossas escritas ao mar. Mas no percurso da existência farta, onde o ontem e o amanhã se apequenam,onde as cores são vibrantes e os sons ocupam lugares nunca visitados,quando latitude e longitude perdem a  precisão  e se aprofundam num onde poético de memorias,gestos e euforia.Ali nas curvas do presente,a vida nos surpreende com as estradas do caminho de sempre, intransponível visto a loucura de ousar subverter o cristalizado mas possível, visto que tão simples, fácil a natureza de ser e ser pra sempre.

sábado, 17 de setembro de 2016




Primeiramente, Fora Temer...rs.Primeiramente me afetou. Sim,me afetou. O filme é leve,nostálgico, cômico. Mas trata de um tema que sou apaixonada.Existência. As escolhas e as não escolhas no decorrer do percurso.Questionar o caminho,mudar tudo.Ter consciência que erroneamente foi direcionado para longe de si.E que a rotina soa estranha mas não ha forças para muda-la,por que suas perspectiva são reduzidas a pobreza de manter-se coerente.Fiel a estrutura de expectativas onde o pulsar é secundário e o útil soa como miseravelmente mais admiravel.Sou o que e para quem? E na solidão onde não ha vigilância, vc se equilibra no fluxo da vida?Sincronizado com seu vetor eu, avido por movimento e verdade?Ou sua dependência por adequação te convida a estar fora de si?
Num trecho a personagem Barbara, de Clarice Falcão, afirma a Duca que somos muitos mas que normalmente quem ocupa o volante da vida é o personagem errado.É qd esse EU se revolta e inconscientemente viver é a única sobrevivência do nós.
Duca e Eduardo eram um em conflito pelo volante da existência.
Antagônicos em sua essência mas historicamente compartilhavam as mesmas vivências com diferentes reações. Eduardo é covarde,obediente, submisso ao pai e a namorada.Adaptado a rotina workaholic de SP.Sua casa é cinza,assim como sua rotina atrás de uma mesa de escritório. Duca,seu eu reprimido, e o garoto das idéias, quer viver,se apaixona pela rotina do RJ e se entrega as relações.Distante da ética perto das paixões. Barbara,como o coelho de Alice oferece um balão de afeto e um abraço a Duca .E o acompanha nessa jornada em busca do nós.Jornada que só o afeto e a liberdade podem contribuir como dispositivos na escolha de submergir vivo.
Desculpe o transtorno, sempre é preciso falar de existência.



Primeiramente, Fora Temer...rs.Primeiramente me afetou. Sim,me afetou. O filme é leve,nostálgico, cômico. Mas trata de um tema que sou apaixonada.Existência. As escolhas e as não escolhas no decorrer do percurso.Questionar o caminho,mudar tudo.Ter consciência que erroneamente foi direcionado para longe de si.E que a rotina soa estranha mas não ha forças para muda-la,por que suas perspectiva são reduzidas a pobreza de manter-se coerente.Fiel a estrutura de expectativas onde o pulsar é secundário e o útil soa como miseravelmente mais admiravel.Sou o que e para quem? E na solidão onde não ha vigilância, vc se equilibra no fluxo da vida?Sincronizado com seu vetor eu, avido por movimento e verdade?Ou sua dependência por adequação te convida a estar fora de si?
Num trecho a personagem Barbara, de Clarice Falcão, afirma a Duca que somos muitos mas que normalmente quem ocupa o volante da vida é o personagem errado.É qd esse EU se revolta e inconscientemente viver é a única sobrevivência do nós.
Duca e Eduardo eram um em conflito pelo volante da existência.
Antagônicos em sua essência mas historicamente compartilhavam as mesmas vivências com diferentes reações. Eduardo é covarde,obediente, submisso ao pai e a namorada.Adaptado a rotina workaholic de SP.Sua casa é cinza,assim como sua rotina atrás de uma mesa de escritório. Duca,seu eu reprimido, e o garoto das idéias, quer viver,se apaixona pela rotina do RJ e se entrega as relações.Distante da ética perto das paixões. Barbara,como o coelho de Alice oferece um balão de afeto e um abraço a Duca .E o acompanha nessa jornada em busca do nós.Jornada que só o afeto e a liberdade podem contribuir como dispositivos na escolha de emergir vivo.
Desculpe o transtorno, sempre é preciso falar de existência.

sábado, 6 de agosto de 2016

Começar e ousar ocupar o vazio com a intensidade de nascer canção .Cancao que preenche alma na inquietude de saber limite.Na busca de entender-se enigma que se desdobra em poemas,arabescos e sons....Corte preciso que flutua na imensidão de ser outro.Outro lugar,outra manhã.Manhã  que aquece promessa de reinventar no dia a dia da poesia perdida.Que media as intermináveis camadas do nós enquadradas no eu.Que se entusiasma na promessa do entardecer sonho.Que move história  no convite de debruçar criação e inventar vida.

sábado, 30 de julho de 2016

Alma

As minhas mãos estão vazias e meu coração derrama.Pelo gesto na hora errada,pela palavra não dita, pelo silêncio compartilhado no medo.Medo que paralisa e inutilmente tenta conter o tempo prolongando o estado de pertencer ao tudo e ao nada no infinito adormecido do nós.Pela incomunicabilidade na tentativa frustada de ousar ser voz ,na delicadeza de ser pequeno, na tentativa de ser doce,na fragilidade de ser afeto.No enigma de ser quietude, na grandeza de ser compreensão, na dor de ser morte.Mas é preciso ousar movimentar -se na coragem de ser concreto,na força de transpor o sim e o não na poesia de verbo inteiro.E preciso alargar-se nos limites do corpo,que por ora é alma frágil na tentativa de tocar o céu do seu eu e o grave de suas sombras que te prendem nos caminhos de sempre.É preciso ser voz que fala.É preciso ser corpo que ocupa com a leveza do existir sonho.É preciso ser alma que perturba. É preciso ser vivo que grita na utopia de ser verdade .

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Amar,verbo infinito



Conforme disse o poeta nascemos para o encontro com o outro,amando e respeitando na sua simples existência.E permitir essa existência é permitir que o outro seja diferente, da mesma matéria ou completamente estranho. É a premissa de entendermos que quanto mais for o que queres mais sera o que queria,disse a poesia ao longe.É esforçar-se cotidianamente para decifrar esse enigma que nos faz mover  e ouvir .E ao ouvir encontra-lo em cores vibrantes,expansão do presente e músicas que não tem fim.É quando no encontro de dois universos a linguagem se rende a cumplicidade do silencio. É debruçar no renascimento diário de sermos outros, na precisão de ousarmos ser verdade.Somente sendo verdade, estaremos na prontidão dos encontros conosco e com o outro.E entender-se tempo diferente e alegrar-se quando respiramos no mesmo ritmo.É entender-se mais poesia e menos prosa. É conflito na medida de sermos construção. Entrega na dor de estarmos vivos.Amor no entendimento de ser recomeco sempre.É alegria na intensidade de sermos vida.

Somos artistas,sim!

Assumir-se artista é ser força sensível num mundo embrutecido por roteiros pobres de existência. É ousar sair do território estatístico de certezas e aventurar-se na reinvenção de ser verdade. É contribuir imaterialmente com a construção de tudo,tudo,tudo que compõe o real.É tocar o outro num contexto de incomunicabilidade naturalizado.E a dádiva de ser vida, possibilidade de ser humano,condição de ser inteiro.

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Alice Através do Espelho



"Chapeleiro:Você acredita em mim?
Alice:Eu sempre acreditei em você.
Chapeleiro:...e eu a encontraria em qualquer lugar."

Alice através do espelho mostra Alice retornando a sua cidade após uma aventura de três anos como capitã do navio de seu falecido pai e encontrando resistências para dar continuidade as suas atividades.Alice novamente é convidada a entrar no mundo lúdico pela lagarta azul e se depara com todos os personagens do primeiro filme.O conflito nesse filme gira em torno da missão que é atribuída a Alice:salvar o Chapeleiro.É justamente nesse momento que somos convidados a vivenciar  uma aventura cheia de símbolos e significados relativos a identidade,memória,fé,relações,existência e dialogo com o tempo.Alice diante da dificuldade, novamente submerge a lugares desconhecidos e se depara com o tempo.Tempo que liga com suas engrenagens cíclicas e fios invisíveis todos os personagens da historia.Tempo que revisitado não se altera mas abre a um dialogo que na  reinvenção nos coloca diante do milagre de sermos agentes de nossas vidas.O espaço é infinito e a originalidade ocupa a existência com a coragem de Alice. O afeto presente na relação de Alice e Chapeleiro é o motor de toda transformação na trajetória de ambos.Sem sombra de duvida um dos filmes mais lindos que ja vi...Leve em sua fantasia e denso na potência dos lugares que alcança.Alice através do espelho é um convite a atravessarmos a membrana do mediar, ora com o mundo exterior, ora conosco.Encontrar a loucura do chapeleiro e encontrar a própria essência irreverente de não aceitar o mundo do seculo XIX sem espaço social para o feminino.Salvar o  louco que há dentro de si é não ceder as diretrizes formatadas de um tempo sem espaço para o sonho, sem espaço para o diferente,Nos dias atuais é ousar sair dos esteriótipos sociais e ousar a emancipação de nossa essência ao criar espaços inéditos.Alice e Chapeleiro são feitos da mesma matéria, um alimenta o outro numa aventura que desloca a origem do tempo e nos convida e repensar que o impossível não existe.

terça-feira, 24 de maio de 2016

Pela potência infinita do instante,a origem ocupa seu verdadeiro lugar.Sem entender, o espaço ofusca ruídos e resistências se dissipam face a beleza do movimento.Somos sensíveis,somos pulsantes na precisão de sermos vivos, na condição de estarmos inteiros.A imagem aos poucos  perde sua importância e a poesia encanta pelo alcance de suas notas.Compartilhando o amanhecer da verdade,numa aquarela de sentidos que renascem da emancipação sutil de cores vibrantes,que ao passar do tempo ecoam suave nos confins dos dias.

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Desassossego


No instante do desassossego,o real cede espaço a potência do infinito.Nos confins de lugares não revelados,ouço timidamente o esboçar de uma voz conhecida.Pelo espaço, origens se entrelaçam na precisão de serem meio.Nos caminhos compartilhados do essencial,a resistência do comum cumpre sua função.Mas pelas frestas do entardecer,a leveza da verdade pertuba a ordem.O que trará o eu a superfície?O tempo perde sua grandeza e o instante agiganta pela sensibilidade aprisionante dos sentidos.Na fragilidade da razão erguida,o descaso se apropria do lugar.É tempo de nascer.


quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Poesia 1 - Apresentação




Um pensador disse uma vez que a vida oscila entre prosa e poesia.
Prosa seria sobrevivência.
E poesia tudo que venha alimentar nossa alma.

De tudo, a narrativa tempo permanece tecendo suas questões,
construindo e desconstruindo alicerces tidos como imutáveis.

O amanhã esfarela como pães adormecidos e o concreto se dissipa num clique.

O que nos resta diante do incerto?

Ousaremos viver o essencial como quem toca a eternidade ou seguiremos incólumes a pulsação da vida? 

Esta, segue habitando na poesia!

No cotidiano e no extra cotidiano.

No silencio e na voz

Na pausa e no movimento!

Cabe a nós: VIVE-LA!