sábado, 10 de novembro de 2018

Lança o teu poema no jogo da vida.Na trincheira do caos escolhe tua constelação de espaços desnudos. Passeia pela roda que faz sentir o vento, no marco onde tudo comecou.Seria o início o recorte do que não sei? Quantos limites te trazem liberdade?  De onde canta a vida com olhar molhado?Ao pulsar silêncio que preenche voz pelos caminhos da comunhão.Esquece as perguntas de sempre na submersao do q nao compreende,  desse horizonte apequenado pelo medo de não ser. Mas não sou no medo.Nao sou na culpa.Nao sou na escolha que aprisiona o ar que move mundos.Destroi certezas e irrompe o que já nasceu. Acorda no entardecer da noite e adormece as velhas crenças.

domingo, 5 de agosto de 2018

Nem saciedade afetiva, nem perfeição.Jamais estaremos prontos e jamais nos sentiremos amados o bastante.Mas é preciso seguir.Deixar nascer as galáxias adormecidas do eu na imensidão do medo de ser.Enquanto estivermos na prostração da espera do afeto de sempre, esquecemos o caminhar que desenha a criação de tudo que sou.Nao sou ainda.Sou a eterna espera pelo passado perdido em desculpas, silêncios e mal entendidos.Nao sou ainda, na tentativa inutil de resgatar no presente um passado encerrado.Nao sou ainda, na esperança em preencher de afeto os potes vazios de um lugar que não existe mais.E esse sou eu, essa será a premissa para o que virá.É preciso aceitar a falta, acolher o não preenchimento e aceitar o passado.Correr atrás da perfeição e da saciedade afetiva é  curva no caminho. É atalho de sempre na tentativa de não ser. Seja. Seja imperfeito, vazio, carente.Mas ouse ser além da busca do que nao foi.Seja movimento em busca da criação.Existe um mundo em você que precisa nascer apesar de.Apesar de todas as esperas, não vivências, afetos negados e incompletudes.Esqueca o atalho de sempre, o caminho é logo ali, no seu sol.

quinta-feira, 10 de maio de 2018

Seria o historiador o conhecedor do passado ou do futuro? Ou seria esse  ser da reflexão o visionário do presente? Preciso na medida que entende a dimensão dos acontecimentos da vida diante da única grandeza que escorre pelos nossos dedos: o agora. Mas ser historiador de sua vida não requer diploma, nem sequer formatura.Nem algo que legitime o direito que todos temos de lembrar. Não somente recordar; senão teríamos a ameaça na prisão da infinitude de memória, mas reviver  e se afetar.Reviver e relacionar.Reviver e enxergar,  o hoje com os fios invisíveis de um passado que perpetua no imaginário do que eu sou.Pq ser é atemporal.Ser atemporal na medida que não sou e ainda assim, sou o mesmo,  na prontidão da busca de sempre.Somos buscas e pausas, exclamações nas interrogações e afirmações da vida.Parágrafos sem vírgulas na ansiedade de  expressar a vida de dentro e de fora.Desordem na dislexia do que não sei.Fluidez na certeza do caminho.E pela expansão do instante que se alarga a medida q o olhar cuidadoso dos  movimentos de um dia se desdobram com todo o sentido na compreensão farta do que posso saber.E sei.O horizonte do entendimento se abre ao passo que me permito sentir o novo velho afeto.Alegria de não ter sido só, certeza de ter sido salvo da monotonia do caos.Medo de perder o que não se tinha.Compartilhados instantes na incerteza do futuro.O futuro foi ontem.Hoje é  o tempo da gratidão,o tempo da reinvenção, o tempo do entendimento e principalmente o tempo da vida.

sábado, 7 de abril de 2018


Lembro antes de 2002...lembro a época do Cefet, aos 15 anos de idade, em meados da década de 90.Eu tinha um adesivo no meu caderno que dizia: Tenho escrúpulos, não voto em FHC.Aos 15 anos sabia meu lugar.E aos 39 continuo sabendo.O meu lugar é ao lado do homem, ao lado daqueles que entendem que a exploração e a miséria nunca deverão ser naturalizadas.Que direitos humanos é  pensar o coletivo e  o social.Pois qt menos qualidade de vida para o todo, menos liberdade do indivíduo.Quanto mais miséria, mais violência.Quanto menos oportunidade, mais o abismo entre as classes se consolidara.Por um longo período, o horizonte se fez farto e esperançoso. Por um longo período o Brasil se movia rumo a uma emancipação ofuscada pelos 20 anos de chumbo.Por um longo período, a população conheceu a palavra dignidade.A antítese no Brasil de dignidade é  a FALTA DE ALTERIDADE .E essa meu irmão tem me ferido como uma dardo da ingratidão.Um dardo que fura a carne e mostra a face cruel  do pobre sendo injusto com ele e com o todo.Continuo insistindo em classificar a tds como pobres, pois a classe média que vira a cara pro bolsa família e crítica as políticas voltadas pro social, não passa de pobres.Pobres que tb cresceram economicamente  nesse período.Pobres com carros comprados a prestação , casas financiadas e planos de saude coletivo.Pobres que tb foram beneficiados com um grupo que se tornava potente.Pobre que nao se reconhece como pobre.Mas o reconhecimento fora corrompido pela cegueira promovida por uma mídia que facilmente manipulou aquele que já dava indícios de querer se manipular.Aquele que pela total falta de empatia não quis admitir o quanto o Brasil cresceu na era Lula, aquele que certamente se beneficiou de políticas sociais,mas que as desqualifica, como se isso o coloca se numa esfera de homem sem coletivo.O neoliberalismo produz super homens.Intocáveis, inatingiveis e extremamente frageis.A história da carochinha do empreendedorismo vencedor desprivilegia qq tentativa de pensar o bem estar social.E legitima a perda de direitos conquistados ao longo de nossa historia.Nao estamos sozinhos ,a sobrevivência é coletiva e sempre será. Mas infelizmente nem todos entendem isso.A desestruturação  da democracia teve início na segunda eleição de Dilma, quando os eleitores de Aécio, massa de manobra em potencial,  peso considerável para uma plateia que já ganhara contorno, consolidando-se com o esfacelar da democracia e mostrando a face de odio nesses dias tão estranhos.Povo contra povo.A injustica fazendo justica.Havia possibilidade de manipular.Haviam brechas.E assim se deu.Não me surpreende a sórdida articulação  dessa política sem ética, dessa justiça espetacular.A história se repete.Surpreende a ignorancia da sociedade.De 1964 ate hj mt coisa aconteceu, mas a consciência social e política da populacao atrofiou. Apática, omissa, alimentada por um ódio de factoides, sem memória e desprovida  de alteridade.A sociedade caminha a sombra da marcha pela famila.A historia se repete e o tempo nao foi generoso com o discernimento do brasileiro.Analfabetos politicos clamando por justica.Obvio q tds aqueles com pensamento acima da midia estão a margem desse processo sordido.Todos aqueles que entenderam o golpe contra a democracia e o fim de um projeto de governo que garantiria a sobrevivencia digna de uma nacao.Esses estao em luto.Na incansável luta pelo nós. Mesmo que esse nós nos mate a cada dia com sua resistência em olhar além de si.E quanto aos outros, o povo brasileiro que desconhece o seu passado e resiste em compreender seu presente, esse me ENVERGONHA PROFUNDAMENTE.Estamos longe de uma cidadania consciente, estamos longe de um coletivo que mereça esse nome, estamos longe de um entendimento da realidade.O horizonte se apequena e poucos percebem isso.Por enquanto.#LUTOPELADEMOCRACIA#LULALIVRE

LULA LIVRE

Tenho muita admiração por tds aqueles amigos que conseguem enxergar além do odio produzido  por uma  mídia inescrupulosa e sem responsabilidade com o social.Tds aqueles que enxergam além do que a ilusória justiça fabricada pode produzir em corações vazios de esperança no próprio homem e na sua capacidade de se  emancipar.Hj conversei com uma amiga na escola, que brilhantemente disse , não lutamos por partidos, mas pelos acessos a melhorias em nossa condição social.Somos todos aqui trabalhadores e afirmo categoricamente somos todos pobres.Sim, somos pobres economicamente. Pq os ricos são MT ricos, são os donos do capital interessados em políticas que despriviligiem o acesso do pobre a qualquer tipo de emancipação.O que tivemos na era Lula, foi justamente a brecha para sairmos do ciclo vicioso da exploração .Filhos de empregados domésticos ousaram pisar em universidades e se tornarem doutores, a educação nunca foi tão privilegiada.Tinhamos acesso real a sairmos de uma condição de miséria .Mas infelizmente alimentar o ódio a uma justiça ilusória, um teatrao de quinta categoria, uma limpeza da corrupção de 512 anos com uma espetacularização ridícula, produz a cegueira coletiva e o POBRE, em sua ignorância deixa escapar uma condição de democracia para deixar o comando de um país parar na mão de um grupo que ao invés de criar condição para que ele cresça intelectualmente, economicamente e socialmente, trabalha para que ocorra o contrário.NOSSOS DIREITOS FORAM TIRADOS E O POBRE SE CALOU.A DEMOCRACIA SE ESFARELA E O POBRE SE CALA. PQ?  Pq essa apatia diante do essencial, pq essa apatia politica diante de td que historicamente foi construido com luta e sangue.Sera que nossos direitos foram conquistados pelos vagabundos que desconhecem a palavra trabalho? Ou justamente por conhecer na  carne se levanta e luta para que sua vida tenha o minimo de dignidade? Todos somos pobres aqui, acredito que tds querem dignidade.De que forma a alcancaremos? Deixando nossa democracia ir embora, com a falsa impressao de uma justica farjuta? Ou na luta cotidiana por  direitos e espaco nesse lugar onde so os poderosos tem voz e espaco? No governo lula, comecamos a sair das brechas da senzala, e a luz do dia cegou a muitos.Cegou a tantos que estamos vivendo uma cegueira social sem tamanho.Nao é  o Lula, mas o que ele representa.Ele representa a emancipação do pobre.E mais uma vez digo, somos todos pobres.E agora pobre, qual seu lado?

quarta-feira, 21 de março de 2018

Venus em escorpião
No movimentar das águas profundas, na imensidão do mergulhar nós, na fusão de almas, no encontro de corpos, na morte cotidiana,na reinvenção do amanhecer de todos os dias, na dor da consciência, na voz sem som, no silêncio compartilhado, no entŕe sem espaço para ruídos, na fluidez que ultrapassa o tempo, na  força que irrompe muros, na vida que te quero fogo, na palavra que penetra sentidos, na intensidade que ultrapassa entrega.Nao, nao há entrega, há pulsão na verdade de existir potência.Ha mergulho nos mundos de outrora, há presença no infinito sem origem, há instante eternizado nas águas doce do olhar.

sexta-feira, 9 de março de 2018

Adaline

O tempo, senhor dos mistérios e das horas infinitas do intuir vida que nasce das frestas do silencio.Tempo que  caminha a passos largos na tentativa de fugir das horas que se eternizam na inexplicável canção de sempre. Tempo que brinca de se alongar na quietude do essencial e na turbulenta escrita das horas.Poesias, prosas, bulas de remédio, email, cartas , contos de outrora e fabulas.Historias de muito longe e de todo o lugar, comunicação na busca do que desconhece .Fala na tentativa de se ver.Ver o outro que mergulha na superfície que insiste em resistir.Desconhece a paisagem que acolhe com faíscas de sol de outono.Dorme o sono do tempo  na correria das horas vas.Preenchida de números, letras, hieróglifos , idas e vindas sem legendas , numa aqualera de cinza de nuvens de algodão.Passa desapercebido o tempo do despertar, acordar o.mundo nos segundos do equilíbrio esfuziante de se ver eternamente presente.Presente no momento de chegada, preso no entre que nunca irá passar.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

E hj ao conversar com duas amigas , eis que a inspiração veio....

Para que servem os amigos? Começaria está resposta questionando a própria pergunta.Amigos nao servem,amigos coexistem, convivem, encontram e reencontram e reencontram qts vezes forem preciso.Entram pra existência do afeto despretensiosamente e quando vimos ja fomos fisgado pelo laço que não nos prendem, mas que nos impulsiona para ir alem.Alem da nossa visão, no horizonte compartilhado do olhar do outro.A construção de uma amizade é  sempre leve, amizade que é amizade não tem receita, investimento ou coaching de sucesso pra sobreviver.É encontro, essência na mesma vibração,resposta a sua oração,casa, colo, cheiro de  mãe,proteção. Mas tb é rua, loucura,carnaval e rebeldia.E madrugada perdida, choro compartilhado, escolha dividida.  Amizade é verdade do estar.E acima de td o privilégio de nos reencontrar.Dos eus perdidos pelo tempo na resistência de vir a ser outros e outros e outros.O amigo é  o portal que te conecta ao passado de um eu que sobrevive pela relação.E te surpreende ao te reencontrar pela generosidade de ganhar vida no palco privilegiado do nós. Entre nós, existe um mundo atemporal de pulsão.Amigo não precisa ser presente, perfeito ou exclusivo.Desintitucionalizada por excelência a amizade é libertaria em sua essência de amor em seu estado de expansão .Amigo precisa apenas ser.E sejamos juntos, sempre.

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Viva! A VIDA é uma festa!
Impossível falar de vida sem falar de tempo.Impossível falar de tempo sem falar de finitude.impossivel falar de finitude sem recorrer a mitologia de Cronos.Cronos,Saturno, Deus do tempo e da agricultura.E o que seria a agricultura se primeiramente o lugar delimitado a um espaço de produção e trabalho.A expansão nômade dava lugar a produção da subsistência fixa.Durante muito tempo,lutei contra o limite.Confesso q a expansão sempre me soava mais atraente.Mas do alto de quase quarenta anos ,percebo q limitar pode ser um aliado prévio a expandir, não na imensidão do todo , mas no contorno do esboço do eu. A consciência do limite da vida nos impulsiona a vive lá intensamente, ou deveria, a perseguir a verdade visto o limite do corpo, do tempo e das oportunidades. TUDO passa, implacavelmente Cronos devorou seus filhos numa tentativa de manter se no poder.Mas curiosamente gerou aqueles que os destronaria O tempo nos convida a entrar em contato com as mortes,com os mares profundos da psique e com as possibilidades estendidas do mundo.Pelas brechas da engrenagem do tempo conformamos a crueldade da finitude e transpomos a vida, que se desdobra em mais vida num inacabável memorial de afeto .Somos o tempo, mas somos seus filhos também.E sem sombra de dúvida não precisamos ser devorados.E exatamente isso que trata Coco, a vida é uma festa.Pela iniciativa expansiva de Miguel, ele ousa olhar o mundo além das paredes de sua familia,lar feito de memórias , de contato constante com os mortos,numa repeticao da tradição,sem a vida autêntica necessaria a transforma la numa identidade pertencente a todos, num caminhar saudavel de reinvenção de si e a td que os constitui.Todos precisavam caminhar, Miguel deu o primeiro passo.. Miguel com a flecha do centauro ousa ir para o mundo e para outros mundos explorar sua escolha e encontrar seu eu.Mas curiosamente seu eu não era constituído só, como num emaranhado de existências que se entrelaçam em encontros de sangue, ele não estava sozinho. Ele era toda a ancestralidade que o constituía. Ele era o presente,era o passado e o agente de transformação de um futuro q junto com ele tinha toda uma história submersa nos mares revoltos da vida e da morte.Era consciência e inconsciência construindo seu caminho plural limitado pelo tempo e expandido pela ousadia de ir além do agora imutável.Era o nos transcendendo o tempo era o reencontro da existência dos inumeros prévios de mim no mundo do eu.A linguagem para além das palavras , a musica, só ela nas ondas da comunicabilidade deu asas a escuta do coração.E como que num momento mágico,os filhos de Cronos novamente cumprem seus destinos, juntos.O fim tem brechas que só o tempo pode gerar.E a vida, essa sempre será uma festa!