sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Presente

Pelo espaço, a memoria nos carrega para o tempo da 
escolha sem escolha, para onde fui eu,perdido em mim,potência 
de ser outro,felicidade de não ser
 eterno...Ao longe, o
futuro do presente fazia uma curva,esboçava suas
possibilidades, nas expectativas vãs de não poder recomeçar.Mas
o mar da vida,ainda anunciava a canção dos tempos de menina,
submerso pelas estradas do nós. Gente.Gente que motiva a
andar, na corrida sem rumo de sempre.No dia a dia.Gente que
te faz outro, que te sustenta na loucura da margem
inconsciente do eu.Para alem das instituições, gente.Pessoas
que passam, que ficam, que voltam, que vivem e convivem na
eternidade da narrativa plural sem sentido mas repleta de
emoção.Gente que segura sua mão e vai junto pelos descaminhos
do caos.Num caleidoscópio de descobertas,ouvíamos a voz de uma
casa a procura de seu lar.E a estrada do desvio,atinge hoje
sua maioridade e vê sua trajetória cumprida pelas ruas
estreitas e órfãs de lojas de disco e cinemas das tardes
intermináveis da Tijuca e Maracanã...Onde tudo começou, tudo
termina.Pela intensa força atemporal,o hoje redesenha seu rosto nas esculturas do agora.E pela poesia da consciência a fé na certeza de outro amanhecer.