domingo, 1 de outubro de 2017

No caminho para o horizonte largo do sentir,o encantamento suspira cansado.Os olhos desaprendem dia a dia a ver através das águas que turvam frente ao peso do real.O corpo embrutece no recuo do toque para alem da pele e pulsa vida em seu sub-estado de existência.
Desaprendemos a viver?Ou nunca ousamos inventar instantes?
As micropartículas fragmentadas do tempo seguem linear em sua trajetória estreita do céu de Galileu.Mal sabem elas que são galaxias adormecidas na não criação.Fluxos de vida estagnados no leito do não.Confluências de sons na melodia do silencio.Corpos poéticos na moldura da imobilidade
Não ocupamos as potências das horas, nem tocamos as infinitas camadas do tempo.Em sua textura de vida, esse se ergue cotidianamente em sua aquarela de possibilidades inatingíveis.
Seguimos copistas no modo life e distópicos na criação de uma estética de vida.Estruturamos rigidamente padrões incapazes de atender a representação do que poderíamos ter sido.E nos alegramos com que achamos que os outros pensam que somos.E somos vertigem de uma projeção equivocada.
Na miséria possível ,corremos atras das bugigangas que nos desviam da conexão, eixo de si perdido em barulhos sem som, encontro do nós ofuscado pela aridez do caminho.Seguimos sozinhos.
Até quando?