sábado, 25 de junho de 2011

Cenário



A linguagem se faz cenário
Diante da cumplicidade do caos
Palavras perdem a força
Diante da co-existencia
De ser o mesmo material,
Imaterial em seu estado
De poesia,suor e solidão.

Distintos,frente a infinitude.
Compartilhada, como o amanhecer de cada dia.
Contemplada,como o horizonte de nossas historias
Vivida,como se tocassemos a eternidade.


Mas ser meio permite a vida
Palavra,som,gestos e movimentos
Traduzem o indizivel, diante do ruido,
que insiste em permanecer

Longe de nossos lares
Aquecidos com lareiras e velhos cobertores,
a mobilidade nos garante contorno
e caminhar a garantia de ser.
Sempre voz, sempre silêncio,sempre canção.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Alegria



A minha condição é a não condição
Na libertária narrativa lúcida
lúdico de feijão arroz e poesia.

Movimento no chão de seu céu
Atravessando o obvio e pisando seu palco,
Tão nosso, como o peso das roupas
Que sem culpa, esquece ao entardecer.

Linguagem mãe de nos mesmos,
Palavras vãs se derretem no sentido
de sua inutilidade.

Quero gritar a voz dos que vivem
e tocar os ouvidos dos que sentem
Na estrada melódica da canção de sempre.