quinta-feira, 18 de abril de 2019

Eu me sinto artista quando estou na prontidão do instante, presente na troca com ambiente, no eixo integral do eu. Quando entro em escuta sensível, quando protagonizo as vozes daqui,  quando permito me entregar ao jogo e a vida e se necessário reinventa-los.Sinto-me artista ao perceber a  poesia dos atravessamentos coletivos, resistentes ao embrutencimento da prosa cotidiana, sendo mediação e ação. Quando possibilito estruturas  que viabilizem linguagens e possibilitem encontros.Quando permito ser.Sou artista quando sinto no corpo, nos espaços e  afetos a potência política da arte.E quando expresso em poesia expandida esse estado vivo que é  uma escolha diária.Mais um dia escolho ser artista. Quero ser artista sempre.

quarta-feira, 17 de abril de 2019

Ha algo invisível que nos une.No secreto particular de uma alma por hora cansada, ha um coro que grita por dignidade.Cada um em seu território de realidade construida, munido de suas ferramentas que ocupam o espaço que ainda resiste bravamente.Somos potência adormecida na incomunicabilidade do tempo.Tempo que se arrasta nas salas de aula, mas que se apequena nas ideias utópicas de um novo amanhecer. Tempo liquido onde td se dissolve no ar, mas concreto no peso da sobrevivência. Somos desejo de vida aprisionados na impotência de um meio, que por enquanto se apequena na incapacidade de somar.Somos um,somos escola, fragmentados na indignacao cotidiana do eu. Somos engajamento poético na resistência em não embrutecer.Mas embrutecemos, embrutecemos na aridez que nos desloca de agentes de nosso instante. Instante de ação embuido de todo nosso arcabouco de vida. Memoria, afetos, relações, aprendizagens, esperanca,desejo e fé. Tudo se mistura e a fragilidade das arterias obstruidas da instituicao insiste em ocultar as brechas possíveis de outra realidade. Há potência, que haja vida.