segunda-feira, 26 de junho de 2017

O mistério do outro é desdobrar cotidiano na liberdade de expandir.Na permissão de ser além de si,que será pra sempre par.Par feito de outras matérias,outras historias e aventuras.Par que afeta de outras formas e surpreende a cada segundo que morre em si e renova-se no exércício de respirar outro. É na permissão de viver a indeterminação, atravessando a rua de sua existência, que se entrega ao infinito do para sempre. No constante catalogar de novas dores e construções de novos mundos, sendo o mesmo no jogo do tempo.Do seu eixo a cumplicidade de crescer e transpor o medo da perda. Perde-se todos os dias.Perde-se na insegurança do reencontro cotidiano,perde-se no espaço que cede para que o outro viaje por galaxias distantes, mundos subterrâneos e espaços lúdicos. Perde-se ao se achar e se reencontrar no trilho da incerteza.Seremos outros na expansão de nós e os mesmos nos reencontros de outros espaços de essências afins. Caminhos de conexão com a vida, premissa de equilíbrio com o mundo.Alegria e dor na relação  de ser poeta de uma nova vida, eternizada no instante do sim.E serão infinitos "sins".É no pulsar do caos que mais uma vez se diz:eu te amo.

sábado, 24 de junho de 2017

Eu precisava transbordar. Mas sem saber,meu amor era verbo intransitivo.Condição pra vida,sem espera de chegada. Premissa de existência nas brechas do viver.Vida q enquadra sonhos e cataloga vontades. Vida q posterga vida para um futuro do perfeito.Precisão de época que não virá.Escorre pelos dedos a perfeição de ontem, onde nada sobrevive a segunda vista.Somos outro olhar na esteira da existência. Mas seríamos outra existência no exercício do olhar?Olho pro horizonte e não espero mais respostas, prefiro o instante,onde crio com verdade o mundo.

segunda-feira, 12 de junho de 2017

O jogo sempre existiu.O que não existia era o jogador.Esse se deixava um pouco a cada hora. Na tentativa vã de não ser.Mas já tivera sido na mais legitima forma de existir.E se via como um passado momentâneo de  incoerência.Na busca conclusiva de se achar,mata se.Mata passado que fica na forma indestrutível de memória. Fica no gesto que compartilha o indizível.Fica no som do tempo do sim. Fica a história que não se foi.Fica o gosto seco do medo.Fica o desespero de ser alem de si.Ja não o era . E no salto racional, recriar se com uma palma.Palma seca,árida.Palma sem passado ,sem futuro.Palma sem presente do instante. Palma sem paixao.Palma interruptiva de si. Palma que estala fina aos ouvidos mais sensíveis. Palma que agride aos que nunca abandonarão ao jogo da vida.

domingo, 4 de junho de 2017

A dor maior é abandonar esse momento de vida em estado bruto. Deixar fluir esse agora de euforia exposta, mesmo que o caos cotidiano continue a nos desafiar. Lá fora as coisas continuam como sempre...mas aqui, o mundo vibra potência de reinvenção, criação no espaço,expandindo alma que não se cala, voz que sintonizada na profusão do nós, movimenta águas profundas do sentir vivo. Transpondo lugares e atingindo o que ainda esta por vir . Pois não tenho duvida,virá. No tempo preciso de momento, que aceita a realidade como construção de sonho,cor e ar que se envereda pelos caminhos do infinito. Que encara o acordar de alegria no chão do encontro como milagre de fé. Que se expande sem culpa na descoberta de ser sempre outro e sempre o mesmo no jogo do tempo. E se encanta e se experimenta e compartilha na estrada que artesanalmente construímos ao som da música de nossas vidas. Inteiro na plenitude da falta que move,mãos a tocarem o céu na aridez da verdade. Vida de viver. Vida de feijão, arroz e poesia.