quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

POESIA

 Hoje escolho poesia. 
Só por agora quero a vida transbordando nos poros de se experimentar livre.
Na esteira da existência a subversão em sair do lugar.

Não há lugar, nunca houve.

Há imensidão na construção do agora e do depois do agora.
Nao há lugar que limite a vontade de se expandir além do que se percebe.
Ser, novamente outro e outro e outro.
Na utopia concreta do que se faz.

Açâo na intenção de sentir o mundo.
Mundo feito de vontade,
 mundo feito de afeto, 
mundo feito de imaginação

.Das amarras dos dias de sempre,
 transpor o cinza que se ergue
 e rasgar cor.

Pq nosso pano de fundo é azul turquesa, 
vermelho sangue, amarelo manga e lilás. 

Somos cheiros adormecidos na inércia da desesperança.
Criança ávida por terra.
Movimento do nascer vida.
Por horas estagnados na aspereza do cimento em ligar silêncios, pausas e superfícies.
Resistentes a imersão de reinventar sol.

Mas hoje escolho a poesia!
Rasgo agora a tela
 e reencontro a mim mesma.