sexta-feira, 8 de outubro de 2021


A impermeabilidade do tecer da gente
Vida em estado de anestesia.
Nossos pés mal encostam no fluxo da vida
E já perdemos o folego

No cansaço do vazio

Vazio que se aninha nas tarefas do dia
Na automatização da  visão
Na vida cheia de razão 
e esvaziada de pulsão


Por que estar on doi

Doi ancorar vida submersa 
Na hora da entrega 
No risco da expansao
No movimento
De mãos com mãos.

Mas no vazio há o cheio
 Na sombra há luz
Na margem, a estrada.
 E no sim, vestigios de não 

A porosidade permite afetos.
Desobstrui medos
Permite conexões. 
No entre há um mundo de invenções 


Pelas mãos do artificie.
Na linguagem feita no seu tempo.
Artesão do movimento.
De vida e canções 
Couraças e corações
De tudo que atravessa e muda curso
Que inverte fora e dentro
Que transborda vida em estado de oração.

A pausa da vida não é o silencio.

A pausa da vida é o barulho.