Só existimos na relação. Seja na relação com o mundo. Seja
na relação entre o mim e o eu, diante dos sinuosos caminhos do nós.Silenciosos em
sua potência particular. Ficamos exatamente ali, na fina membrana do mediar,
ora consigo ,ora com os outros.Deveríamos ficar sempre em estado de prontidão,
para que cada possibilidade de contato despertasse o nosso constante vir a ser,
ávido por movimento e verdade.Aos atores a possibilidade de fazer do renascer
cotidiano seu ofício.Desconstruindo e construindo pontes entre personagens
próximos e longínquos.Na ousadia de se constituir sempre outro,sempre o mesmo,
num espiral consentido pela arte de existir diante da fé em sua atuação,exercitando a vida em seu estado latente.Mas nas margens do
lúdico, na extensão do real, no cotidiano prático de nossas estórias, ao
permitirmos a renovação, vislumbramos horizontes além de nossos passos, tocando
a eternidade e por alguns instantes não nos encontrando mais sozinhos.Nesse
momento o milagre do encontro nos contempla como uma dádiva ou uma maldição.Não
somos mais os mesmos e nunca mais seremos.Somos infinitos ainda adormecidos no
leito do sentir.Da vida a ousadia da morte.Do medo a certeza do fim.Ambos
encerrados num recorte preciso de escolha.Regido por nosso vetor identidade, atemporal e
desconhecido em sua plenitude, mas representado por sua grandeza ação.Das
lembranças, a memória ocupa a constituição do tempo e a existência segue se
reinventando a medida que nunca deixemos de caminhar.
quarta-feira, 3 de julho de 2013
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