Só por agora quero a vida transbordando nos poros de se experimentar livre.
Na esteira da existência a subversão em sair do lugar.
Não há lugar, nunca houve.
Há imensidão na construção do agora e do depois do agora.
Nao há lugar que limite a vontade de se expandir além do que se percebe.
Ser, novamente outro e outro e outro.
Na utopia concreta do que se faz.
Açâo na intenção de sentir o mundo.
Mundo feito de vontade,
mundo feito de afeto,
mundo feito de imaginação
.Das amarras dos dias de sempre,
transpor o cinza que se ergue
e rasgar cor.
Pq nosso pano de fundo é azul turquesa,
vermelho sangue, amarelo manga e lilás.
Somos cheiros adormecidos na inércia da desesperança.
Criança ávida por terra.
Movimento do nascer vida.
Por horas estagnados na aspereza do cimento em ligar silêncios, pausas e superfícies.
Resistentes a imersão de reinventar sol.
Mas hoje escolho a poesia!
Rasgo agora a tela
e reencontro a mim mesma.