A impermeabilidade do tecer da gente
Vida em estado de anestesia.
Nossos pés mal encostam no fluxo da vida
E já perdemos o folego
No cansaço do vazio
Vazio que se aninha nas tarefas do dia
Na automatização da visão
Na vida cheia de razão
e esvaziada de pulsão
Por que estar on doi
Doi ancorar vida submersa
Na hora da entrega
No risco da expansao
No movimento
De mãos com mãos.
Mas no vazio há o cheio
Na sombra há luz
Na margem, a estrada.
E no sim, vestigios de não
A porosidade permite afetos.
Desobstrui medos
Permite conexões.
No entre há um mundo de invenções
Pelas mãos do artificie.
Na linguagem feita no seu tempo.
Artesão do movimento.
De vida e canções
Couraças e corações
De tudo que atravessa e muda curso
Que inverte fora e dentro
Que transborda vida em estado de oração.
A pausa da vida não é o silencio.
A pausa da vida é o barulho.