sábado, 31 de março de 2012

Artesão da Vida


É pelo movimento de meus mares, e pela visitação ao simbolico adormecido, que inicio a busca pela materia prima de minha construção.

Construção feita de eu e mesclada indiscutivelmente com nós.

Oficio de se sentir vivo, unico em sua jornada de pulsar plenamente no caminho em direção a si e ao mundo.

Vasto mundo,vastidão de percepções adormecidas nas inutilidades de ser mais um a caminhar sem rumo em direção ao nada.Na narrativa poetica do amanhecer, o entardecer de nossas vidas nos afasta do essêncial, desatento a nossas vozes sufocadas pelo tempo.

Mas já é tempo de ouvir a voz do corpo, que se alonga tocando o céu...ganhando contorno em busca de seu equilibrio identitario,numa estetica
muitas vezes não compreendida em sua temporalidade, mas harmonica em sua sutileza de dialogar com o ar.

Rarefeito de sutilezas e percepções,o ar pesado cede espaço ao ator ,que insistentemente convida a todos a sonhar, a olhar o invisivel com olhos de criança e se aventurar na pluralidade das sensações compartilhadas desde sempre.Abrindo com as cortinas da vida, a possibilidade de todos serem, um, de todos serem varios,numa comunhão pela aquarela das vivências incolumes.

O sagrado sorri, o artesão e a vida renascem e do silencio, o gosto aflito de não se poder voltar...o caminho é o agora e o encontro tem gosto de eterno.

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