sábado, 23 de agosto de 2014

Essencial






Um poeta disse uma vez para que amemos as perguntas, durante sua construção penso que o simples debruçar sobre determinado assunto já nos coloca imerso em um universo de respostas ainda adormecidas mas indiscutivelmente vivas...Difícil pensar no essencial quando somos atropelados por comandos e diretrizes desde que nascemos até o sempre. As perguntas nos transporta para uma dimensão do pensar e do criar em um espaço infinito de possibilidades que diariamente nos é apresentado e insistimos em não olhar. Amo as perguntas. Ousar questionar é ousar criticar o natural e o naturalizado, cristalizado em nosso cotidiano  pelos vigiar constante dos olhares ávidos de nós e do mundo. Mas a engrenagem  da vida ganha movimento no tecer das questões cotidianas e em sua prática no exercício do pensar e do viver. No reinventar diário das células e micropartículas de sonhos ofuscadas pelas luzes das cidades barulhentas. Somos potencia, somos vida, somos sonhos. Somos passado, presente e futuro na materialidade do real. Somos o eterno mediar , a membrana invisível entre nossos mares rasos e profundos e um mundo que se reinventa a medida que caminhemos. O encontro conosco ou com o externo é a dadiva de estarmos vivos. O poeta segue dizendo: A vida é a arte do encontro. E  o essencial continua invisível aos olhos .

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