sábado, 7 de abril de 2018


Lembro antes de 2002...lembro a época do Cefet, aos 15 anos de idade, em meados da década de 90.Eu tinha um adesivo no meu caderno que dizia: Tenho escrúpulos, não voto em FHC.Aos 15 anos sabia meu lugar.E aos 39 continuo sabendo.O meu lugar é ao lado do homem, ao lado daqueles que entendem que a exploração e a miséria nunca deverão ser naturalizadas.Que direitos humanos é  pensar o coletivo e  o social.Pois qt menos qualidade de vida para o todo, menos liberdade do indivíduo.Quanto mais miséria, mais violência.Quanto menos oportunidade, mais o abismo entre as classes se consolidara.Por um longo período, o horizonte se fez farto e esperançoso. Por um longo período o Brasil se movia rumo a uma emancipação ofuscada pelos 20 anos de chumbo.Por um longo período, a população conheceu a palavra dignidade.A antítese no Brasil de dignidade é  a FALTA DE ALTERIDADE .E essa meu irmão tem me ferido como uma dardo da ingratidão.Um dardo que fura a carne e mostra a face cruel  do pobre sendo injusto com ele e com o todo.Continuo insistindo em classificar a tds como pobres, pois a classe média que vira a cara pro bolsa família e crítica as políticas voltadas pro social, não passa de pobres.Pobres que tb cresceram economicamente  nesse período.Pobres com carros comprados a prestação , casas financiadas e planos de saude coletivo.Pobres que tb foram beneficiados com um grupo que se tornava potente.Pobre que nao se reconhece como pobre.Mas o reconhecimento fora corrompido pela cegueira promovida por uma mídia que facilmente manipulou aquele que já dava indícios de querer se manipular.Aquele que pela total falta de empatia não quis admitir o quanto o Brasil cresceu na era Lula, aquele que certamente se beneficiou de políticas sociais,mas que as desqualifica, como se isso o coloca se numa esfera de homem sem coletivo.O neoliberalismo produz super homens.Intocáveis, inatingiveis e extremamente frageis.A história da carochinha do empreendedorismo vencedor desprivilegia qq tentativa de pensar o bem estar social.E legitima a perda de direitos conquistados ao longo de nossa historia.Nao estamos sozinhos ,a sobrevivência é coletiva e sempre será. Mas infelizmente nem todos entendem isso.A desestruturação  da democracia teve início na segunda eleição de Dilma, quando os eleitores de Aécio, massa de manobra em potencial,  peso considerável para uma plateia que já ganhara contorno, consolidando-se com o esfacelar da democracia e mostrando a face de odio nesses dias tão estranhos.Povo contra povo.A injustica fazendo justica.Havia possibilidade de manipular.Haviam brechas.E assim se deu.Não me surpreende a sórdida articulação  dessa política sem ética, dessa justiça espetacular.A história se repete.Surpreende a ignorancia da sociedade.De 1964 ate hj mt coisa aconteceu, mas a consciência social e política da populacao atrofiou. Apática, omissa, alimentada por um ódio de factoides, sem memória e desprovida  de alteridade.A sociedade caminha a sombra da marcha pela famila.A historia se repete e o tempo nao foi generoso com o discernimento do brasileiro.Analfabetos politicos clamando por justica.Obvio q tds aqueles com pensamento acima da midia estão a margem desse processo sordido.Todos aqueles que entenderam o golpe contra a democracia e o fim de um projeto de governo que garantiria a sobrevivencia digna de uma nacao.Esses estao em luto.Na incansável luta pelo nós. Mesmo que esse nós nos mate a cada dia com sua resistência em olhar além de si.E quanto aos outros, o povo brasileiro que desconhece o seu passado e resiste em compreender seu presente, esse me ENVERGONHA PROFUNDAMENTE.Estamos longe de uma cidadania consciente, estamos longe de um coletivo que mereça esse nome, estamos longe de um entendimento da realidade.O horizonte se apequena e poucos percebem isso.Por enquanto.#LUTOPELADEMOCRACIA#LULALIVRE

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