domingo, 18 de abril de 2021

Canto

 Eu não sou sua anestesia.

 Diz a mulher, com consciência do tempo.

Eu não sou sua anestesia, mas posso ser parte da sua cura.

Diz a mulher, desta vez para si, sem alarde, olhando para as águas do mar.


Dos cantos que a habitam, vejo no criar sua força

Dos cantos que a habitam vejo no reerguer a sua forca.


No exercício do refazer seu canto.


Quem sabe pranto, que se renova no tecer do ar.

Quem sabe sopro, no caminho de buscar sua voz.


Pq sua voz não é só sua.

É voz presa na garganta do pensamento.

Que sai do coração e foge a razão. 


É voz no ritmo dos que exercitam a emoção. 

Que toca a si na compaixão.

De ser afeto e se afetar.

Na travessia do rio e também do mar.

No ciclo de cada respirar.

Na magia de saber a importância de chorar.

E levantar,  para de novo cantar.

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