sexta-feira, 15 de setembro de 2023

AFETO É REEXISTÊNCIA

 


Entre os ladrilhos rejuntados no chão de cimento, entre as venezianas frias no entardecer do caos, entre as paredes encardidas na solidão da noite, entre o dentro e fora, resiste o afeto.Entre as vigas redondas que sustentam os prédios, entre o silencio do cansaço, entre  as paredes grossas e o teto alto, resiste o.afeto. Entre o esquecimento de si, e o tempo que se esvai, entre noite e dia,  entre vida e morte, resiste o afeto.


Esse timidamente ganha tônus e se ramifica pelas parede internas da vontade, pelas curvas do desejo,pelo acostamento da hesitação, pelas ruínas das estradas que levam ao encontro.

A expectativa do encontro é a promessa do reencontro consigo.A retomada de si pelos caminhos inéditos da gente.Entre a gente há uma infinitude de galaxias adormecidas pela imobilidade do medo.Torturas eternizadas no corpo que tenta se refazer a medida que o coração bate mais forte.

Nos caminhos obstruídos pelas resistências de memórias vãs, no estreitamento de vida, na alimentação de tudo que já se foi.
Resta o hoje.
Esse se amplifica na emoção das pequenas grandes coisas, nos convidando a lutar,
nós mobilizando pela vida que transborda de nossa alma, nos desafiando à cada dia a sermos maiores,nos interrogando a revelar nossas expressões mais íntimas, nos afetando como uma lança que ascende no horizonte.
O hoje nós afeta!
Ainda estamos vivos!

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