domingo, 4 de junho de 2017

A dor maior é abandonar esse momento de vida em estado bruto. Deixar fluir esse agora de euforia exposta, mesmo que o caos cotidiano continue a nos desafiar. Lá fora as coisas continuam como sempre...mas aqui, o mundo vibra potência de reinvenção, criação no espaço,expandindo alma que não se cala, voz que sintonizada na profusão do nós, movimenta águas profundas do sentir vivo. Transpondo lugares e atingindo o que ainda esta por vir . Pois não tenho duvida,virá. No tempo preciso de momento, que aceita a realidade como construção de sonho,cor e ar que se envereda pelos caminhos do infinito. Que encara o acordar de alegria no chão do encontro como milagre de fé. Que se expande sem culpa na descoberta de ser sempre outro e sempre o mesmo no jogo do tempo. E se encanta e se experimenta e compartilha na estrada que artesanalmente construímos ao som da música de nossas vidas. Inteiro na plenitude da falta que move,mãos a tocarem o céu na aridez da verdade. Vida de viver. Vida de feijão, arroz e poesia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário