Sempre fomos um.
Mas por muitas vezes nos perdíamos em projeções equivocadas do eu.
Sempre fomos um.
Mas por muitas vezes esqueciamos que a sobrevivência era coletiva.
Nos confundimos pelos caminhos solitários de ser imagem além do corpo.
Pulsação fora da rotação de si e do mundo. Roda gigante na inquietação por controle de tudo que avidamente colocavamos pra dentro.
Num vazio que não diminuia,
a medida que inutilmente tentavamos esconder.
A dor sempre existiu.
Mas por ora era silenciada pelo barulho de outras narrativas.
Eram tantas prosas, caminhos, fluxos e fugas num caleidoscópio de existência rasa.
Corriamos na contramão do mundo.
Esbarravamos em nós sem pedir licença.
Na crença de estarmos maior.
Qual a medida certa de nossa existencia?Qual o passo no compasso da vida comum? Que linguagem trará nosso entendimento?
Somos respostas aprendendo a formular perguntas.
Somos dois tentando ser um.
Somos vida em estado de pausa.
Na dança de sermos apenas nós.
Sós.
Solares numa manhã que ainda não desabrochou no horizonte.
O horizonte não esta lá fora.
Ele sempre esteve aqui.
Ele irrompe de si na aurora de cada um em suas casas.
Ele gera luz em estado de poesia e percorre caminhos inéditos na nossa aprendizagem do aprender.
Pois é preciso reaprender a aprender o obvio.
O simples nos convoca como enigma de tudo que fomos.
Somos.
E seremos.
Outros na esteira de um novo olhar.
sexta-feira, 3 de abril de 2020
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