terça-feira, 26 de maio de 2020


O não é a antecipação tola de um possível talvez, num medo descabido em não se encarar pertencente a imprevisível tarefa de reinventar-se no cotidiano plural do nós.

A vivência se reduz a consciência de se perder pela multidão sem rosto e a dúvida  
preenche os espaços com a sutileza de não se ousar transpor a realidade que insistentemente nos desafia.

Até que ponto a fragilidade nos distância?

Até que ponto a fragilidade faz com que esqueçamos signos, símbolos e significados perdidos em arquivos de memórias sem registros.

Por que somos camadas, texturas, silêncios, intensidade e ar. Mas acima de tudo constante expansão no vir a ser de sempre. Expansão de ar que preenche vida em estado de sonho e se esvazia na utópica tentativa de encontrar tudo aquilo que venha fazer sentido.


O que te faz pulsar no amanhecer de suas incertezas? O que te faz sentir na medida  exata do que se é?

Por que ser é premissa, bênção inegociavel na certeza do fluxo da reinvenção dos dias e das noites. Por que seremos únicos na travessia do rio dos afetos, nos distanciando lentamente da margem de projeções do mundo.Mundo feito  de João, José, Anas e  Marias na busca pelo equilibrio de mediar tempo que escuta a voz da identidade.

Quem é você no jogo do tempo?Qual a medida consentida do outro na sua história? 

Porque não há unidade para gente.Não há grandeza que catalogue, limite ou enquadre a medida do que se transforma no milagre de ser nos atravessamentos de dentro e de fora.Sintonizado na respiração compartilhada de vida que se constrói na relação livre de ser outro na esteira do instante.

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