sábado, 24 de outubro de 2020

Artesão


Nossos pés lutam para continuar a busca incansável por tudo aquilo que sustente nossa existência. 

Os pés fincados no eixo de si, na árida estrada, ora solitaria, ora compartilhada de caminho que se caminha só.

Sol, somente sol. 

Luz que aquece alma e reafirma a vida.

Vida plural, farta na certeza de ser gente que vibra gente. Vida na inquietude de crescer alma apequenada nas estruturas do tempo sem tempo pro que realmente importa. 

Sem tempo pra sentir. 

Sentimos na subversão. 

Somos ação.

Na dor e na alegria de sermos artistas do cotidiano. Artesãos de ar, água, terra e fogo nos desdobramentos do caos.

Criação que rompe a membrana da distopia de um horizonte que se expande a medida que nossos medos são deixados como rastros de outro tempo.

Nossos olhares molhados se cruzam no infinito da fé e no horizonte da utopia cantamos juntos.

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