Porque o não ,
o não é a antecipação tola de um possível talvez,
num medo descabido em não se encarar pertencente
a imprevisível tarefa de reinventar-se no cotidiano plural do nós.
A vivência se reduz a consciência
A vivência se reduz a consciência
em perder-se na multidão sem rosto
e a dúvida preenche os espaços
com a sutileza de não ousar transpor
a realidade que insistentemente nos desafia.
Até que ponto a fragilidade nos distância?
Até que ponto a fragilidade faz com que
Até que ponto a fragilidade nos distância?
Até que ponto a fragilidade faz com que
esqueçamos signos, símbolos e significados,
perdidos em arquivos de memórias sem registros.
Por que somos camadas, texturas, silêncios, intensidade e ar.
Mas acima de tudo constante expansão no vir a ser de sempre.
Expansão de ar que preenche vida em estado de histórias.
E esvazia na utópica tentativa de encontrar tudo aquilo que venha fazer sentido.
O que te faz pulsar no amanhecer de suas incertezas?
O que te faz pulsar no amanhecer de suas incertezas?
O que te faz sentir na medida exata do que se é?
Por que ser é premissa, bênção inegociável
Por que ser é premissa, bênção inegociável
no fluxo da reinvenção dos dias e das noites.
Somos únicos na travessia do rio dos afetos,
Ao distanciarmos lentamente da margem de projeções do mundo.
Mundo feito de Joãos, Josés, Anas e Marias
na busca pelo equilíbrio de mediar tempo
que escuta a voz da identidade.
Quem é você no jogo do tempo?
Quem é você no jogo do tempo?
Porque não há unidade para gente.
Não há grandeza que catalogue, limite ou enquadre
o milagre de ser .
Sintonizado na respiração compartilhada de vida
que se constrói na relação livre de ser outro e o mesmo
na esteira inédita do instante.
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