terça-feira, 4 de agosto de 2020

Gratidão




E da pausa se faz causos.
E dos causos se abre o coração.
Pra tudo que realmente importa.

E o que importa na correria do capital de giros e piruetas?
O que importa na cosmologia de nosso ecossistema de passado, presente e futuro?
O que importa de si para sua versão atualizada do momento?

Das cartas ao tempo,
me alongo na tentativa de alcancar a que voa pra longe.
É dificil alongar, esticar os braços no vácuo do silêncio e resgata-la pro agora.

Mas os ruídos geram a interrupção.
A palma, o gesto, o tempo de falar.
E a vida se abre na imensidão da voz.

Voz que fala com amorosidade,
Que tece com arte 
vivências que não voltam mais.
Que vibram no hoje, 
como tatuagens no ar.
Rarefeito de sentido, 
mas repleto de propósito.

Da relação de existir criança.
Espontaneidade lúdica
Na risada que subverte.
A si, o tempo, o lugar.

A criança nunca esteve na infância
Exceto nos momentos da gente.

Sente
Sente a alegria para além da mente.
Relação,canção para além da razão.
Visão do coração.
Ressignificando toda a emoção.
Na beleza de ser gratidão.










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