terça-feira, 18 de agosto de 2020

Perdão

 Porque perdoar alguém é antes de tudo perdoar a si. Aceitar os caminhos errantes de um instante de distração ou euforia. Um caminho de suspensão de vigília da alma na defesa em não se permitir errar. Erre! Erre uma, duas , três, ou quantas vezes forem necessárias as práticas do constituir-se humanamente aprendiz. Aprendiz de si na entrega ao espaço caótico de leitura do outro. Leitura que não tem semântica que de conta da infinitude de sentidos, vozes e rimas pelo desritmado coração aflito de chegar ao fundo do nós. Não tem fim.Tem fluxo de águas, partículas de areia que cega a visão e resseca a boca. Que emudece os sentidos e paralisa as direções.Não tem fim que permita alongar as pontas dos pés no chão que se constroi a medida que irrompe pele na dor de ser o que ainda não se vê.Nao é preciso ver. É preciso olhar o movimento que mantém vivo o equilibrio de dentro e de fora. A chama da roda da vida que cai, levanta, caminha, respira, sonha, ri e chora. São mosaicos de emoções que constituem as ações de ser um novo experienciar, errante na partitura do sonho que se sonha acordado. Mais vivo no eixo intuitivo de todas que estiveram aqui.No alto de nós, sóis, que reaparecem no horizonte do amanhecer um.

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